segunda-feira, 31 de maio de 2010

Gestão sustentável das águas subterrâneas

A composição química da água subterrânea é do tempo de permanência no reservatório geológico, nos tempos de hoje procura-se encontrar uma gestão sustentável dos recursos naturais e em especial das águas subterrâneas. A composição química das águas subterrâneas é influenciada por muitos factores como por exemplo a natureza e o teor de certos gases da atmosfera, os produtos resultantes da alteração das rochas, as reacções de dissolução e de precipitação que ocorrem no subsolo.

O que são Aquíferos?

Aquíferos são formações geológicas subterrâneas capazes de armazenar água e de permitir a sua circulação e extracção de forma economicamente rentável.


Quais os principais tipos de Aquíferos?




Parâmetros característicos dos Aquíferos
Porosidade: é a percentagem do volume total da rocha ou dos sedimentos que é ocupado por espaços vazios ou poros, constitui uma medida da capacidade da rocha em armazenar água.
Permeabilidade: de uma rocha traduz a maior ou menor facilidade com que uma formação rochosa se deixa atravessar por fluidos (Água), nas rochas a permeabilidade esta relacionada com as dimensões dos poros e como se estabelece a comunicação entre eles.

Recursos minerais não metálicos


Rochas Metamórficas

São rochas que resultam da alteração de outras rochas. As transformações, físicas e químicas sofridas, passam pela existência de agentes de metamorfismo, estes são fundamentalmente: a pressão e a temperatura.
O metamorfismo resulta na transformação de rochas preexistentes, quando submetidas a pressões e temperatura elevadas, associadas ao factor tempo. Este agentes de metamorfismo actua sobre as rochas provocando alterações na sua composição mineralógica. Neste processo, formam-se novos cristais e a orientação dos cristais é modificada.
Exemplos de rochas metamórficas: ardósia, gnaisse, mármore, micaxisto, etc.



Factores de metamorfismo
Pressão
Como o processo designado por metamorfismo que ocorre no interior da terra, as rochas encontram-se a diferentes profundidades, e, desta forma, sujeitas a pressões variadas. A maior parte das pressões são devidas ao peso das camadas superiores designando-se por isso pressões litostáticas. Estas pressões podem-se sentir facilmente a profundidades relativamente pequenas. Existem ainda outras pressões orientadas que se relacionam directamente com compressões provenientes dos movimentos laterais das placas litosféricas. A orientação e deformação de muitos minerais existentes nas rochas metamórficas evidencia a influência deste tipo de pressão como podemos verificar nas seguintes figuras (macro e microscópicas respectivamente).

Fluidos de circulação
Nos intervalos das rochas predominam diversos fluidos quer no estado gasoso quer no estado líquido importantes e frequentes nas rochas de baixo metamorfismo. A água influencia ainda o ponto de fusão dos materiais, podendo assim ocorrer fusão a temperaturas muito mais baixas do que as indispensáveis em ambientes meio secos.

Tempo
O tempo é um factor bastante importante para a formação deste tipo de rochas. Não se pode dizer exactamente quanto tempo demora uma rocha metamórfica a formar-se para diversas condições de temperatura e de pressão. Contudo diversas experiências laboratoriais mostram que a altas pressões e a altas temperaturas, durante um período de alguns milhares ou mesmo milhões de anos, se produzem cristais de dimensões elevadas. Há ainda que referir que se pensa que as rochas metamórficas são o produto de um longo metamorfismo a alta pressão e a alta temperatura quando apresentam um aspecto granular grosseiro e que as rochas de grão fino serão eventualmente o produto de baixas temperaturas e pressões.

Tipo de metamorfismo
Um dos critérios para classificar o metamorfismo é a extensão da área atingida, definindo-se dois tipos:
- o metamorfismo de contacto, de carácter bastante localizado;
- o metamorfismo regional, que afecta extensas áreas.

Minerais indicadores de metamorfismo
Também designados minerais índice, são minerais das rochas metamórficas, cuja presença permite identificar as condições de pressão e temperatura a que a rocha se formou. Por exemplo, a distena só se encontra se se tiverem verificado pressões elevadas dentro de condições de temperatura variáveis. A silimanite forma-se a pressões moderadas mas a temperaturas elevadas (mínimo de 650 ºC).
A presença de minerais indicadores permite identificar diferentes graus de metamorfismo.

Resposta à tensão

Deformação elástica:
É reversível, o material deforma, mas quando a tensão cessa, recupera a sua forma/volume iniciais. Verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha não ultrapassou o seu limite de elasticidade. Ex: borracha dobrada

Deformação plástica:
É permanente, o material fica deformado sem ruptura mesmo que tensão cesse. Verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao limite de elasticidade e inferior ao limite de plasticidade – dobra. Ex: plasticina moldada

Deformação frágil:
É permanente, o material fractura como resposta à tensão exercida. Verifica-se quando a força é aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de plasticidade originando deformações descontínuas – falhas. Ex: garrafa de vidro partido.

domingo, 23 de maio de 2010

Classificação das Rochas Magmáticas

Os critérios utilizados para classificar as rochas magmáticas são:
o Composição mineralógica (e química);
o Textura da Rocha;
o Cor da rocha.

As rochas são associações de minerais que podem ser:


Assimilação magmática

o Um magma pode reagir com rochas encaixantes por onde vai passando, provocando a fusão dessas rochas;
o O material rochoso fundido vai ser adicionado ao magma – Assimilação -, pelo que a sua composição química inicial pode ser alterada;

NOTA:
o As rochas resultantes da consolidação deste magma vão reflectir a assimilação verificada.

Diferenciação gravítica

o Os principais cristais que se formam por serem mais densos, separam-se do magma que os originou;
o A separação ocorre por acção da gravidade e os cristais depositam-se no fundo da câmara magmática;
o Os cristais menos densos que o magma migram para o cimo da câmara magmática.

domingo, 25 de abril de 2010

Diferenciação Magmática

Quando o magma ascende até à superfície, a sua temperatura vai arrefecendo gradualmente formando-se um gradiente de pontos de fusão de diferentes minerais que fraccionadamente vão cristalizando - cristalização fraccionada.
Esses minerais tornam-se mais densos e separam-se do magma residual - diferenciação gravítica.
O magma, pode continuar a ascender e pode reagir com rochas encaixantes que atravessa, alterando ainda mais a sua composição inicial por um processo de assimilação magmática.

Série de reacção descontínua:
- refere-se aos minerais ferromagnesianos, pelo que todos os minerais formados possuem ferro em magnésio;
-por diminuição da temperatura, o mineral anteriormente formado reage com o líquido residual, formando um novo mineral com composição química e estrutura interna diferentes;
-a série é descontínua porque cada mineral tem estruturas cristalinas e composições químicas diferentes.

Série de reacção contínua:
-as plagioclases são minerais constituídos por alumínio, sílica e percentagens variáveis de cálcio e sódio, iões que se podem substituir na rede cristalina;
-por diminuição da temperatura, ocorrem intersubstituições de iões, originando-se diferentes minerais, com estrutura interna idêntica;
-a série é contínua porque a alteração gradual dos iões não altera a sua estrutura interna, ou seja, todos os minerais apresentam o mesmo tipo de estrutura cristalina, sendo isomórficas.

Minerais Polimorfos

Têm composição química semelhante e estrutura cristalina diferente.

Séries Isomórficas

Composição química diferente, estrutura cristalina semelhante.
Olivinas
-Minerais cuja composição é dada pela fórmula (Fe,Mg)2SiO4;
-Como os átomos de ferro e os de magnésio possuem tamanhos semelhantes, podem intersubstituir-se na estrutura cristalina de forma parcial ou total;
-Neste último caso formam-se olivinas puras:

  • a faialite (Fe2SiO4) constituída apenas por ferro e sílica;
  • a forsterite (Mg2SiO4) constituída apenas por magnésio e sílica.

Plagioclases (um grupo de feldspatos) :
-São um grupo de feldspatos, que são silicatos em que o Na+ e o Ca2+ se podem intersubstituir;
-As dimensões do Na+ e do Ca2+ são muito semelhantes, assim como as do Si4+ e do Al3+, pelo que há troca dos pares de iões;
-Os casos extremos são:

  • a Albite NaAlSi3O8;
  • a Anortite CaAl2Si2O8.

-A passagem de um mineral para outro é contínua, pois a estrutura cristalina mantém-se.
Na+ e Ca2+ têm raios iónicos semelhantes e cargas diferentes.

Minerais

Os minerais são os constituintes das rochas. São elementos cristalinos e podem ter diferentes estruturas. A formação de minerais é condicionada for factores internos e externos.
Factores externos:
-Agitação do meio;
-Tempo;
-Espaço;
-Temperatura.

Quanto mais calmo estiver o meio, quanto mais lento for o processo e quanto maior for o espaço disponível, mais desenvolvidos e perfeitos são os cristais obtidos.

Factores internos:
Os cristais dispõe-se numa estrutura cristalina - disposição ordenada de átomos ou iões que formam uma rede tridimensional (que segue um modelo geométrico regular e característico de cada mineral).

Bravis com a teoria reticular, explicava que a rede cristalina era formadada por fiadas de partículas ordenadas em diferentes direcções do espaço, tendo a unidade dessa rede forma paralelepipídica (malha elementar).

Conhecem-se 3 tipos de cristais:
-cristais euédricos - o mineral é totalmente limitado por faces bem desenvolvidas, assume forma poliédrica;
-cristais subédricos - o mineral apresenta faces parcialmente desenvolvidas;
-cristais anédricos - o mineral não apresenta qualquer tipo de faces.

As propriedades de um cristal/mineral são condicionadas por:
1. Organização no espaço dos átomos, iões ou moléculas;
2. Natureza química dos átomos, iões ou moléculas;
3. Proporções em que as partículas se encontram na rede;
4. Tipo de forças de ligação entre as partículas.

Formação de rochas magmáticas

Através de magmas andesíticos:
Se a velocidade de ascenção é superior à do arrefecimento, o magma chega à superfície sob a forma de erupções de lava, que por solidificação origina rochas vulcânicas - Andesitos.
Se a velocidade de ascenção é inferior à de arrefecimento, o magma solidifica no interior de câmaras magmáticas, originando rochas plutónicas - Dioritos.

Através de magmas riolíticos:
Se a velocidade de ascenção é superior à de arrefecimento, o magma chega à superfície sob s forma de erupções de lava, que por solidificação origina rochas vulcânicas - Riólito.
Se a velocidade de ascenção é inferior à de arrefecimento, o magma solidifica no interior de câmaras magmáticas originando rochas plutónicas - Granitos.

Através de magmas basálticos:
Se a velocidade de ascenção é superior à de arrefecimento, o magma chega à superfície sob a forma de erupções de lava, que por solidificação origina rochas vulcânicas - Basaltos.
Se a velocidade de ascenção é inferior à de arrefecimento, o magma solidifica no interior das câmaras magmáticas, originando rochas plutónicas - Gabros.

Classificação dos magmas em função do seu teor em sílica

Magma básico (magma basáltico) - é um magma fluído e com temperaturas entre 900ºC e 1200ºC. Este magma associa-se aos limites divergentes e pontos quentes.

Magma ácido (magma riolítico) - é um magma viscoso e com temperatura abaixo de 850ºC. Este magma associa-se a limites convergentes entre placa continental/continental.
Magma intermédio (magma andesítico) - é um magma com características intermédias entre o básico e o ácido. Este magma associa-se a limites convergentes entre placas oceânica/oceânica e oceânica/continental.

O Magma

O magma é o material de origem profunda, formado por uma mistura complexa de silicatos em fusão, entre 800ºC e 1500ºC, com uma percentagem variável de gases dissolvidos, podendo conter também crustais em suspensão. É constituído principalmente por oxigénio, sílica, alumínio, cálcio, sódio, potássio, ferro e magnésio.
A densidade e a viscosidade de um magma depende principalmente da sílica e da água. Quanto maior o teor em sílica de um magma, maior é a sua viscosidade e acidez. A água diminui a acidez de um magma porque esta quebra as ligações de sílica.

Início do 3º Período

quarta-feira, 24 de março de 2010

Identificado no Havai o primeiro insecto ''anfíbio''

Estudo revela que existem insectos igualmente adaptados ao ambiente terrestre e aquático


Uma equipa de investigadores da Universidade do Havai identificou pela primeira vez espécies com capacidade de viver tanto em terra como na água. São os primeiros insectos “anfíbios” conhecidos. O estudo está publicado na «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS). O arquipélago do Havai, sendo o mais isolado do planeta, é um bom «berço» de novidades evolutivas. As mais de 350 espécies de mariposas do género Hyposmocoma, das quais 12 conseguem viver em ambos os ambientes, só existem nestas ilhas.


A maioria dos lagartos comuns são terrestres e apenas 0,5 por cento vivem na água. Todos eles optam, preferencialmente, por um dos meios. Os anfíbios ‘tradicionais’ como os sapos vivem habitualmente num habitat e só em ocasiões especiais utilizam outro, para, por exemplo, pôr ovos.

Estas formas ‘anfíbias’ agora identificadas vivem em rios caudalosos nas florestas tropicais. Por um período indeterminado de tempo, podem respirar e alimentar-se em qualquer um dos habitats. Daniel Rubinoff e Patrick Schmitz, os autores do estudo, afirmam que nenhum outro animal consegue fazer algo parecido.

Os cientistas continuam a investigar como as lagartas sobrevivem debaixo de água. A respiração, provavelmente, será feita através da pele. Por isso, necessitam de estar em correntes rápidas onde existe muito oxigénio. Isto pode explicar por que morrem rapidamente em água parada.






Reflexão:


Como já foi referido anteriormente a ciência está a evoluir constantemente, agora ocorreu uma descoberta que até a pouco seria impensável, um insecto com características de anfíbio, em que estão adaptados a ambientes aquáticos e terrestres. Este insecto é algo de anormal, mas o que até ao presente era anormal no futuro será normal, pois cada vez existe uma maior descoberta por parte da ciência.


Por Miguel Coelho

Fonte : http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41064&op=all#cont

Dataçao Relativa

Numa sequencia de estratos é possível proceder à sua datação relativa, ou seja, à determinação da ordem cronológica da sua formação. Dessa forma, é possível uma sequencia estratigráfica, que representa um registo cronológico da historia geológica de dada região.

A datação e feita através de princípios de estratigrafia que são:

Princípio da sobreposição: numa sequencia de estratos em que não ocorreu alteração de posição de origem, qualquer estrato é mais recente do que aquele que esta por baixo dele e mais antigo do que aquele que esta por cima dele. Este princípio permite estabelecer a idade relativa de uns estratos em relação a outros.



Princípio da continuidade lateral: em colunas estratigráficas de dois lugares afastados é possível relacionar cronologicamente estratos idênticos de dois locais, desde que as sequencias de deposição sejam semelhantes.
´


Princípio da identidade paleontológica: estratos pertencentes a colunas estratigráficas diferentes e que possuam conjunto de fosseis semelhantes têm a mesma idade relativa.


Princípio da intersecção e da inclusão: de acordo com o principio da intersecção, qualquer estrutura que intersecte vários estratos formou-se depois deles e é, portanto, mais recente. O principio de inclusão refere que os fragmentos de rocha incorporados num dado estrato são mais antigos do que ele.

Por Luis Miguel e Miguel Coelho

Rochas Sedimentares



Rochas sedimentares

Rochas sedimentares são compostas por sedimentos carregados pela água e pelo vento, acumulados em áreas deprimidas. Correspondem a 80% da área dos continentes e é nelas que foi encontrada a maior parte do material fóssil.





Tipos de rochas sedimentares:

Rochas sedimentares detríticas – rochas formadas a partir de clastos, materiais detríticos resultantes da erosão das rochas já existentes e constituídas basicamente por minerais inalterados ou muito pouco alterados. Estas rochas podem ser consolidadas, se os clastos estão ligados por um cimento, e não consolidadas, se os clastos estiverem soltos.

Rochas sedimentares quimiogénicas- Rochas resultantes de sedimentos químicos em solução. São formados, essencialmente, por minerais de neoformação resultantes da precipitação de substâncias em solução ou por evaporação do solvente – evaporitos.

Rochas sedimentares biogénicas – rochas formadas, essencialmente, por sedimentos de origem orgânica, isto é, com origem a partir de restos de seres vivos ou por materiais por eles produzidos resultantes da sua actividade.


Por Luis Miguel e Miguel Coelho

Principais etapas de formação das rochas sedimentares



Sedimentogénese
A sedimentogénse é o conjunto de processos que intervêm na formação de sedimentos.


A sedimentogénese é compreende quatro fases, são elas a meteorização (química ou mecânica), erosão, transporte e deposição.


Meteorização física – origina partículas cada vez mais pequenas, devido aos agentes naturais: água, ar, vento, mudanças de temperatura e os próprios seres vivos.

Meteorização química – modifica os materiais das rochas, transformando-os em outros produtos. Os agentes naturais também estão ligados com a meteorização química.

Erosão – Remoção dos materiais resultantes de meteorização da rocha mãe, pela acção da gravidade, água, vento ou gelo.

Transporte – Depois de erodidos os materiais são transportados, principalmente pela água e pelo vento, para outros locais.

Deposição – Quando o material que esta a ser transportado perde energia, o material deposita-se contribuindo para a formação de sedimentos. A sedimentação apesar de acontecer em meios terrestres e aquáticos, acontece maioritariamente em meios aquáticos. Os materiais transportados sedimentam após a precipitação.




Diagénese


A diagénese ocorre nas bacias de sedimentação, transforma os sedimentos móveis em rochas sedimentares consolidadas. Na diagénese ocorrem quatro fenómenos principais que são eles a desidratação, compactação, cimentação e a recristalizaçao.

Desidratação – A pressão existente nas camadas inferiores, retira a água da rocha, diminuindo o seu volume.

Compactação – Os sedimentos mais profundos começam a agregar-se e a compactar, de modo a tornarem-se mais resistentes.

Cimentação – Para conferir mais consistência a rocha, dá-se o aparecimento de um material fino entre os grãos de sedimento.

Recristalização - Este processo não esta sempre presente na diagénese de uma rocha. Devido a factores como a pressão, temperatura e circulação de fluidos alguns minerais alteram as suas características.





Por Luis Miguel e Miguel Coelho

Rochas

Rocha

Em geologia, Rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais ou mineralóides. A camada externa sólida da Terra, conhecida por litosfera é constituída por rochas. O estudo científico das rochas é chamado de petrologia, um ramo da geologia. Os termos populares pedra e calhau se referem pedaços soltos de rochas, ou fragmentos.



Por Luis Miguel e Miguel Coelho

Descoberta nova espécie de dinossauro herbívora no Utah


O esqueleto parcial fossilizado de uma nova espécie de dinossauro herbívora, que viveu há 185 milhões de anos, foi descoberto no sul do Utah, o estado americano onde se encontra um dos maiores cemitérios de dinossauros do mundo.


De acordo com o estudo publicado na PLoS ONE, o espécime descoberto e escavado em 2005 em dunas de areia fossilizada encontra-se bem preservado e é composto pela maior parte dos ossos do esqueleto, excepto a cabeça e alguns fragmentos do pescoço e da cauda.

A investigação faz acreditar que o animal foi enterrado vivo no desmoronamento brusco de uma duna, sendo que as partes do esqueleto em falta foram provavelmente destruídas pela erosão durante os milénios.

Este sauropodomorfo, baptizado de Seitaad ruessi, alimentava-se provavelmente de plantas e era dotado de um pescoço bastante longo. Devia medir entre três e 4,5 metros de comprimento e pesar entre 70 e 90 quilos, podendo mover-se sobre quatro patas ou andar sobre duas patas.

Explorador norte-americano Everett Ruess
O seu nome "Seitaad" deriva de uma palavra navajo que significa, segundo a lenda desta tribo índia, “monstro do deserto”, enquanto “Ruessi” foi escolhido em honra do explorador norte-americano Everett Ruess, desaparecido nesta região desértica do Sul do Utah em 1934, com vinte anos.

Segundo o paleontólogo Joseph Sertich, da Universidade Stony Brook em Nova Iorque e um dos principais co-autores deste trabalho, a descoberta deste esqueleto confirma o sucesso desta raça de dinossauros, os sauropodomorfos, no início do período do Jurássico. "Esta nova descoberta sugere que pode haver mais dinossauros ainda a serem descobertos nestas rochas", concluiu.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41038&op=all#cont


Reflexão:
Esta notícia é mais uma afirmação daquilo que se diz das rochas, que são o livro da história da Terra. Como vemos, ainda há muita coisa por descobrir em relação ao passado do nosso planeta, e como é dito, este é um bom local para escavações devido a ser um dos maiores cemitérios de dinossauros do mundo.

Por Jorge Simões

Hominídeos sobreviveram na Catalunha em ambiente hostil há um milhão de anos

Estudo de sítio em Vallparadís revela que hominídeos do Pleistoceno Inferior estavam perfeitamente adaptados ao meio ambiente

O estudo de uma série de objectos líticos e de fauna encontrados na Catalunha (Terrasa) demonstra que aquele sítio foi habitado há um milhão de anos por hominídeos. A descoberta vem preencher a lacuna temporal que separa os hominídeos encontrados em Orce (com 1,3 milhões de anos) e o Homo antecessor, de Atapuerca, com 800 mil anos.

Os vestígios foram descobertos entre 2005 e 2007, quando obras de construção de uma estação de caminhos de ferros em Vallparadís destaparam o sítio. As escavações foram realizadas pelo Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social (IPHES) e pelo Departamento de Pré-História da Universitat Rovira i Virgili (Terragona).
Os resultados da investigação estão publicados no «Proceedings of the National Academy of Sciences».

Na costa mediterrânea da Península Ibérica, há um milhão de anos, um hominídeo terá sobrevivido a um meio ambiente hostil graças a uma boa capacidade de adaptação. A fauna da época era composta por predadores como hienas e jaguares, com quem os hominídeos lutavam para sobreviver.

A escavação, dirigida por Joan Garcia e Kenneth Martinez, revelou que uma série de vestígios arqueológicos e paleontológicos do Pleistoceno Inferior. A indústria lítica de Vallparadís pertence ao Olduvaiense, a primeira e menos sofisticada das indústrias humanas. São seixos talhados que serviam para desossar e cortar carne.

Quanto à fauna, era composta maioritariamente por mamíferos herbívoros de grande porte, como cervídeos, equídeos e bovinos. Hipopótamos, elefantes e rinocerontes fazem também parte dos registos, bem como os carnívoros hienas e jaguares.


É importante destacar que os restos dos animais herbívoros têm marcas de corte e de fracturas feitas por acção humana. Para os investigadores, este elemento é importante pois demonstra que os hominídeos tinham um acesso primário a estes cadáveres de animais em relação aos outros carnívoros.

Este terá sido o elemento-chave do sucesso adaptativo das primeiras populações ibéricas, já que lhes permitiu avançar com os recursos necessários para garantir a sua sobrevivência. Na verdade, o factor determinante que permitiu a sobrevivência a estes hominídeos que saíram de África foi terem uma dieta à base de carne.

Neste sítio, esses espécimes desenvolveram uma capacidade de adaptação tão grande que não eram selectivos na escolha da presa ou das matérias-primas com que produziam os utensílios. Esta estratégia de adaptação significa que os hominídeos não necessitariam de uma tecnologia muito avançada para explorar os recursos disponíveis.

Os investigadores acreditam que estas primeiras populações europeias sabiam como tirar partido das carcaças encontradas ao longo do rio, tornando-se assim grandes predadores e tomando o lugar dos grandes carnívoros no topo da cadeia alimentar.


Reflexao:
Na minha opinião, este artigo mostra-nos a capacidade do corpo humano se adaptar a certas condições. Neste caso, de desenvolver utensílios para nos ajudarem a sobreviver. Agora ainda existe o problema actual, com esta grande mudança ambiental, estamos a ameaçar toda a vida no planeta numa quantidade que muitas especies não conseguirao suportar.

Por Jorge Simões

Aula de campo

No dia 11 de Março de 2010 deu-se a Aula de Campo sobre a Ocupação Antrópica e Risco Geológico na qual podemos visitar Arcos de Valdevez, Frades a Serra d´Arga e a linha costeira de Ofir e da Apúlia.
Em Arcos de Valdevez podemos observar o rio Vez, onde podemos observar o seu caudal e as bacia Hidrográfica que este tem. A bacia Hidrográfica pode ser em três tipos de leito, são eles o leito de ordinário, de estiagem e de cheia. Este encontrava-se no se leito ordinário no momento em que o vimos.
Em Frades, podemos observar a derrocada que deu-se no ano de 2000, ainda hoje é visível a destruição causada naquele dia. Devido aos movimentos em massa que são desencadeados pela precipitação ou pela acção humana. O declive da vertente e um dos motivos pelo qual se deu a derrocada.
Grande parte da visita foi passada na Serra d´Arga que é considerada por muitos uma das mais belas em Portugal devido a pouca população que tem. A Serra d'Arga é constituída por um grande maciço granítico que devido a erosão existe muitos blocos graníticos na Serra. O granito ao arrefecer e por alivio de pressão, parte-se em paralelepípedos perfeitos, mas com o tempo com o efeito da erosão, os vértices e arestas começam a ficar arredondados. Passado muito tempo milhares de anos estes paralelepípedos estão em esferas.
Por último exploramos a costa litoral de Ofir e Apúlia onde estudamos fenómenos como erosão costeira, formações de corpos dunares litorais construção de obras transversais (esporões), e longitudinais (paredões, enrocamentos). A erosão costeira dá-se devida á diminuição do fluxo de sedimentos transportados pelos rios, pois ficam retidos nas albufeiras das barragens; a exploração intensiva das areias dos estuários do rio, entre outras causas.
Por Luís Correia

Minerais

Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de processos físico-químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e denominado com base na sua composição química e na estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Os materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado de meras diferenças estruturais como por exemplo o diamante e a grafite.
Os minerais variam na sua composição desde elementos químicos, em estado puro ou quase puro. O estudo dos minerais constitui o objecto da mineralogia, ou seja, e a ciência da terra que se dedica ao estudo da química, estruturas molecular e cristalina e propriedades físicas.
A mineralogia por ter um carácter marcadamente taxonómico, isto é, baseada na nomenclatura e classificação dos minerais, mas com o passar do tempo foi evoluindo.
Embora na linguagem comum por vezes os termos mineral e rocha sejam utilizados de forma parecida, é importante manter uma distinção clara entre ambos. É preciso não perder de vista que um mineral é um composto químico com uma determinada composição química e uma estrutura cristalina definida.
Uma rocha é uma mistura complexa de um ou diversos minerais, em proporções variadas, incluindo frequentemente fracções, que podem ser significativas ou mesmo dominantes, de material vítreo, isto é, não cristalino
Os minerais específicos numa rocha, ou seja aqueles que determinam a classificação são:
-Quartzo;
-Mica;
-Talco.

Propriedades Físicas dos minerais
As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e das suas características estruturais. As propriedades físicas mais óbvias são mais facilmente comparáveis são as mais utilizadas na identificação de um mineral, ou seja o mineral é identificado através de vários processos que são:


Cor;
















brilho;












traço ou risca;












clivagem e fractura;




















dureza;












Densidade.












Propriedades Químicas dos minerais




















Por Sónia Cunha

Ocupação Antropica e problemas de ordenamento

O aumento que se acentuou ao longo do último século tem provocado uma ocupação de território feita, muitas vezes, sem qualquer planificação ou conhecimento das áreas a ocupar. Dai resultam impactos. negativos de vária ordem que aumentam o risco geológico, ou seja, a probabilidade de ocorrência de acidentes geológicos.
O conhecimento resultante do estudo dos matérias da Geosfera e os fenómenos geológicos permite elaborar cartas de risco geológico onde estão encontradas as zonas de maior ou menor risco. Esse conhecimento permite minorar os riscos de ocupação antropica, na medida que promove uma ocupação racional dos solos.

As várias situações-problema capazes de potenciar mais frequentemente o risco geológico encontram-se de seguida especificadas.

















1.1 Bacias hidrográficas
Os rios são corrente s de agua superficiais cuja a velocidade e a área que cobrem (leito) variam com o regime das chuvas. O leito de cheia ocorre em situações de forte precipitação.
O rio principal com os seus afluentes e subafluentes formam a rede hidrográfica e a área drenada por esta rede constitui a bacia hidrográfica.
A actividade geológica de um rio compreende: a erosão, e o transporte e a deposição de sedimentos.

Factores de risco:
Cheias – Aumento do caudal dos cursos de água, com elevação e extravase o leito normal e inundação das áreas circunvizinhas, precipitações anormais, degelos ou rupturas de barragens são causas frequentes.

Prevenção:
- Vigilância e segurança da estrutura de barragens e canais, bem como a monitorização da base dos pilares das pontes.
-Ordenamento do território, em especial a ocupação de leitos de cheia, de modo a diminuir os riscos naturais da actividade dos rios.
















1.2 Zonas Costeiras
As zonas costeiras são caracterizadas pela intensa acção da agua do mar sobre o litoral, resultante do movimento da agua devido ás mares, movimento das ondas e correntes marinhas.
A actividade geológica do mar compreende a erosão, o transporte de sedimentos e a respectiva acumulação. Esta acção da origem a varias formas de relevo de erosões como arribas, e formas de deposição, de que são exemplo as praias.
As arribas, são faixas de litoral escarpado, cuja base esta sujeita a intenso desgaste – abrasão marinha, o que provoca o abatimento do material rochoso da parte superior, que perde sustentação.

















Factores de risco:
- Ocupação antropica de zonas da orla marítima que acarrete a destruição de formações geológicas, como as dunas, que protegem o litoral da acção erosiva do mar e dos ventos.
-Grandes intervenções na faixa litoral, como construção de portos ou marinas, podem provocar alterações das correntes marinhas.
-Construção nas zonas de arriba que aumentam a possibilidade de derrocadas.

Prevenção:
- Planos de ordenamento da orla marítima que permitam uma ocupação destes locais e a demolição das construções que não respeitem esses planos de ordenamento.
-Construções artificiais com vista a regularizar os ritmos de abrasão e deposição do mar, como paredões. Estas construções minimizam o problema num determinado local e agravam noutro.

















1.3 Zonas de vertente
As zonas de vertente caracterizam-se pela inclinação acentuada de encostas, onde se verificam deslizamentos de materiais – movimentos em massa. Esses movimentos são provocados pela gravidade e variam na sua velocidade.























Factores de risco condicionantes:
-declive da vertente
-Força da gravidade
-Variações da temperatura
-Quantidade de agua existente no solo, entre outros.

Factores de risco desencadeantes:
-Precipitação
-Acção humana
-Ocorrência de sismos.
-Tempestades nas zonas costeiras

Prevenção:
-Estudos das características geológicas e germofologicas do local
-Elaboração de cartas de ordenamento de território
-Elaborações de cartas de risco geológico
-Remoção ou contenção dos matérias geológicos que possam constituir perigo.


Por Miguel Coelho

Sintese do modelo autogénico e o modelo endossimbiótico

Existem duas explicações para a origem das células eucarióticas: o modelo autogénico e o modelo endossimbiótico. A primeira defende que os organelos celulares tiveram origem a partir de invaginações da membrana citoplasmática para o interior do citoplasma. Essas invaginações teriam rodeado o nucleóide, originando o núcleo e formando compartimentos separados do resto do citoplasma. O modelo endossimbiótico defende que os organelos celulares resultariam de células prócariontes primitivas de menores dimensões que foram ingeridas por uma célula procariótica maior e passaram a viver em simbiose no seu interior (endossimbiose). Com o passar do tempo, essa endossimbiose tornou-se cada vez mais estreita, impossibilitando a separação dos simbiontes.




Por Miguel Coelho

terça-feira, 23 de março de 2010

Sistema de classificaçao de Margulis

Lynn Margulis propôs um sistema de classificação, que no essencial mantêm os reinos criados por Whittaker ( Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Plantae, Reino Animalia), sugerindo a criação de dois grupos taxonómicos hierarquicamente superiores ao reino, que designou por super-reino ou domínio, que são o Prokarya e o Eukarya.
Para além disso, propôs a divisão do Reino Monera em dois sub-reinos - o Archaea(Arqueobactérias) e o Eubacteria (Eubactérias), este nao estão representados na imagem a baixo.
Por Miguel Coelho

Patos podem «salvar» outras aves da gripe


Investigadores querem transferir gene de resistência ao vírus das aves aquáticas para os galos.

Uma equipa de investigadores do Hospital Infantil Saint Jude, em Memphis (EUA) identificou uma proteína que proporciona aos patos uma resistência natural à infecção pelo vírus da gripe.

Os autores da descoberta, agora publicada na «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS), sugerem que a proteína poderá ser transferida para as células de galináceos para conseguirem produzir uma resposta imune semelhante.


Tanto os patos como outras aves aquáticas selvagens são portadores naturais de subtipos de vírus influenza, responsáveis por várias epidemias de gripe das aves no ser humano. As aves selvagens não costumam ficar doentes quando infectadas com gripe, mas as galinhas e outras aves domésticas podem morrer.

A equipa dirigida por Katherine Magor examinou o papel do sensor viral RIG-I, um receptor patogénico que detecta a gripe e desencadeia uma resposta imunitária anti-viral do organismo. Os investigadores demonstraram que enquanto os patos têm um receptor RIG-I intacto e funcional que se activa durante uma infecção do vírus da gripe A, os galos não.

Os autores descobriram que transferir RIG-I dos patos para células embrionárias dos galos permite que estas detectem uma infecção do vírus e possam induzir uma resposta anti-viral.

A descoberta deste gene de resistência natural à doença pode permitir que os investigadores criem frangos transgénicos com maior resistência à gripe.

Reflexão:
Nesta notícia pode-se ver como a ciencia esta avançando consideravelmente de ano para ano, década para década, agora um simples pato poderá prevenir a propagação do virús da gripe nos galos.
´´Patinhos vamos ajudar a salvar os nossos franguinhos´´

Por Miguel Coelho

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lamarckismo vs Darwinismo vs Neodarwinismo



Por Jorge Simões

Neodarwinismo

O neodarwinismo envolve o darwinismo e a genética (para colmatar as lacunas de Darwin).

Selecção natural e genética~
A selecção natural não actua sobre genes isoladamente mas sim sobre individuos com toda a sua carga genética.
Os indivíduos portadores dos conjuntos génicos mais favoráveis (determinantes de características vantajosas) sobrevivem mais tempo e originam mais descendência (reprodução diferencial), tornando mais frequentes os seus genes.

Pilares do Neodarwinismo:

- Existência de variabilidade genética nas populações, consideradas com unidades evolutivas;

- Selecção natural como mecanismo principal da evolução;

- A concepção gradualista que permite explicar que as alterações resultam da acumulação de pequenas modificações que vão ocorrendo ao longo do tempo.

Reflexao:

Esta teoria, como é indicado, é uma teoria baseada no Darwinismo, e como tal, acho que era a esta conclusão que Darwin chegaria se no seu tempo houvessem as informações existentes hoje, nomeadamente a genética.

Por Jorge Simões

Lamarckismo e Darwinismo

Lamarckismo
Observando os seres vivos à sua volta, Lamarck considerava que o desenvolvimento de certas características adquiridas por alguns seres vivos devia-se à mudança do ambiente que os rodeia. Dando o exemplo dos pescoços das girafas, Lamarck afirmava que a falta de vegetação rasteira, fez com que as girafas tivessem que procurar alimento noutro sítio, por isso, elas tentariam alcançar os ramos das árvores para se alimentarem. Os esforços sucessivos para atingir os ramos das árvores levaram ao aumento dos pescoços das girafas (lei do uso e do desuso – o uso de um dado órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso de outro conduz á sua atrofia). As características adquiridas anteriormente, iriam ser transmitidas aos descendentes (lei da transmissão dos caracteres adquiridos – as modificações seriam depois transmitidas ás gerações seguintes).

Limitações da teoria de Lamarck:
- variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se lhe adaptar (procura da perfeição);
- o uso de um órgão desenvolve-o e o seu desuso atrofia-o (lei do uso e desuso), não explicava todas as modificações;
- modificações adquiridas pelo uso e desuso são transmitidas aos descendentes (lei da transmissão dos caracteres adquiridos), apenas as alterações a nível somático são transmitidas aos descendentes.

Darwinismo
Charles Darwin propôs uma tese evolucionista baseada na selecção natural. Tal dizia que independentemente do meio, todos os seres de uma determinada população sofrem variações. Como tal, quando o meio envolvente de uma espécie muda, os seres dessa espécie que estejam aptos sobrevivem, enquanto que os outros morrem. Como os seres mais aptos àquela mudança sobreviveram, os seus genes tornam-se mais frequentes nas gerações seguintes. As pequenas modificações iriam determinar as diferentes espécies.
Darwin não explicava como as características eram transmitidas aos descendentes.



Reflexão:
Pode-se concluir daqui que a teoria de Lamarck foi um importante marco na história da Biologia mas não foi capaz de explicar convenientemente o mecanismo da evolução. Já Darwin, conseguiu contrariar os pensamentos fortemente fixistas do seu tempo, apoiando-se no evolucionismo, daí a razão de só querer a sua obra publicada depois de morto.



Por Jorge Simões

Fixismo vs Evolucionismo

Fixismo: admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações.
Evolucionismo: admite que as espécies não são imutáveis e que sofrem modificações ao longo do tempo, antes de Lamarck era também conhecido como transformismo.
Na altura em que ambas teorias foram propostas, a teoria Evolucionista só era aceite pelos cientistas que propuseram a teoria, foram rejeitados durante alguns anos. Nos dias de hoje sabemos que a teoria mais acertada e mais aceite é a Evolucionista. Para defender a teoria Evolucionista foram usados argumentos embriológicos, Biogeográficos e Bioquímicos.
Os dados embiológicos serviram para o estudo de embriões de diferentes espécies que permitiu detectar semelhanças entre elas que no estado adulto são impossíveis de encontrar, estabelecendo assim uma relação de parentesco entre elas. Os dados Biogeográficos baseiam-se na distribuição geográfica dos seres vivos e os dados Bioquímicos serviram para o estudo comparativo de proteínas.
A teoria fixista defende que as espécies surgem e permanecem imutáveis ao longo do tempo. Para defender a teoria fixista os cientistas usaram a teoria da geração espontânea, a teoria do criacionista e a teoria do catastrofismo. A teoria da geração espontânea diz que os seres vivos surgiram por geração espontânea, a partir da matéria inerte, sob a acção de um principio activo; a teoria criacionista diz que todos os seres vivos foram criados simultaneamente por um Deus único; a teoria do catastrofismo indica que as espécies desaparecem por catástrofes naturais e as novas espécies surgem de outras regiões por migração ou por criações sucessivas.
Por Luís Correia

Regeneração dos Mamiferos

Um grupo de cientistas nos Estados Unidos descobriu um gene que pode estar envolvido na regeneração em mamíferos. De acordo com a pesquisa, a ausência do gene, chamado de p21, deu a camundongos capacidade de regenerar tecido perdido semelhante à de alguns répteis e vermes.
Diferente do que ocorre normalmente em mamíferos, que curam feridas externas por meio da formação de cicatrizes, a perda do gene p21 fez com que as células dos camundongos geneticamente modificados se comportassem mais como células-tronco embrionárias do que como células adultas.
Os resultados fornecem evidência sólida da relação entre a regeneração de tecidos e o controle da divisão celular. “Como uma lagartixa que perdeu um membro, os camundongos no estudo substituíram tecido perdido ou danificado com tecido sadio e sem sinais de cicatrizes”, disse Ellen Heber-Katz, professor do Instituto Winstar, na Filadélfia, que liderou o estudo.
“Estamos apenas começando a entender as repercussões dessa descoberta. Mas entendemos que esse é um caminho a seguir”, disse. A pesquisadora e colegas usaram os camundongos geneticamente modificados para tentar resolver uma dúvida levantada em 1996 em seu laboratório.
Naquele ano, os cientistas perfuraram as orelhas de camundongos modificados de modo a poder distingui-los em estudos. Algumas semanas depois, foram surpreendidos ao verificar que os furos haviam sumido sem deixar sinais.
Desde então, o grupo deu início a uma pesquisa, em colaboração com outros institutos norte-americanos, com o objectivo de mapear os genes que estariam envolvidos na capacidade de regeneração observada.
Os cientistas verificaram que as células nos camundongos modificados se comportavam de maneira atípica, com diferenças profundas em características do ciclo celular em relação aos demais animais.
Após muitas análises genéticas, o grupo conseguiu identificar que o p21, que está envolvido no ciclo celular, estava consistentemente inactivo em células das orelhas dos camundongos que tiveram a regeneração dos tecidos perfurados.
Em seguida, os cientistas reproduziram nova linhagem de camundongos, dessa vez com a remoção propositada do gene p21. A capacidade de regenerar tecido lesionado foi facilmente observada.
Por Miguel Coelho

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mosquito geneticamente modificado pode reduzir a propagação da dengue

Investigadores das universidades de Oxford e da Califórnia desenvolveram uma nova variedade de mosquitos geneticamente modificada capaz de reduzir a transmissão do vírus da dengue.
De acordo com o estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", nesta nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento dos músculos das asas. Esta medida poderá evitar a propagação da doença, na medida em que tendo dificuldade em sair da água, as fêmeas não conseguem reproduzir e alimentar-se de sangue.
Já os machos não apresentam qualquer alteração a nível genético, mas ao acasalarem com as fêmeas geneticamente modificadas, os mosquitos fêmea da geração seguinte nascem sem poder voar.
Embora esta experiência só tenha sido realizada em laboratório, os investigadores ambicionam que esta nova variante de insecto possa ser libertada na natureza em 2011, o que representaria o desaparecimento dos mosquitos nativos num espaço de seis a nove meses.
A dengue, que é transmitida pela picada da fêmea do mosquito "Aedes aegypti", afecta anualmente entre 50 e 100 milhões de pessoas. Embora já haja estudos sobre a sua cura e prevenção, o uso generalizado de uma vacina contra este vírus ainda poderá levar muitos anos, pelo que os investigadores acreditam que o controlo dos mosquitos será a única forma de abrandar esta doença.

"Se reduzirmos o número de mosquitos, poderemos
reduzir a transmissão da dengue e com isso a mortalidade de pessoas", refere Anthony James, professor de microbiologia e genética molecular na Universidade da Califórnia.
Esta proposta representa ainda uma alternativa segura e eficiente para combater a dengue sem se recorrer a insecticidas, que libertam sempre resíduos tóxicos. Além disso, de acordo com os investigadores, todos os habitantes das áreas tratadas beneficiariam desta medida, pelo que a sua aplicação noutras espécies de mosquitos transmissores de doenças como a malária ou a febre do Nilo Ocidental também seria plausível.
Por Miguel Coelho

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Peixes têm memória e grande capacidade de aprendizagem

O velho mito de que a memória de um peixe é reduzida a uma fracção de segundos foi mais uma vez desmentido por um estudo que concluiu que os peixes não só conseguem lembrar-se dos seus predadores por pelo menos um ano, como ainda têm uma capacidade de aprendizagem excelente.

“Isto significa que o comportamento [dos peixes] é, ao contrário do que se pensava, altamente flexível”, disse à BBC o coordenador do estudo, Kevin Warburton, investigador da Universidade Charles Sturt, na Austrália.

De acordo com Warburton, que analisou detalhadamente o comportamento dos peixes de água doce da Austrália, particularmente a perca prateada, comum naquela região, os peixes podem lembrar-se de seus predadores, mesmo após um único encontro. O mesmo acontece com qualquer objecto que possa representar uma ameaça para o animal.

“Se um peixe morde um anzol e consegue escapar, guarda esta experiência na sua memória e é muito difícil que volte a morder um anzol numa segunda oportunidade”, exemplificou o investigador, acrescentando que o desconhecimento sobre o comportamento dos peixes leva muitas vezes a achar-se que quando não há pesca numa determinada região é porque se esgotaram os recursos ou que então já lá não há peixe. “Na realidade o que pode ocorrer é que os peixes estão ali, mas não caem na armadilha”, explica.

Além disso, os peixes aprendem a conhecer profundamente o seu ambiente e a associar a abundância de alimentos ou os perigos com determinados lugares. Deste modo, recorrem a esta informação para identificar alternativas no caso de surgir alguma ameaça ou para traçar as suas rotas favoritas.

Reflexão:

Esta notícia expressa como os peixes também são intelegentes.
Se olharmos para um peixe, este parece um animal inocente, mas a notícia diz-nos o contrario. Os peixes conseguem relembrar-se de um predador durante um ano e têm um grande capacidade de aprendizagem.

Por Miguel Coelho

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ciclo de vida do Homem

Ciclo de vida caracterizado por:
-gâmetas morfologicamente diferenciados e produzidos em ovários;
-meiose pré-gamética;
-alternância de fases nucleares;
-organismo diplonte.


Ciclo de vida do polipódio

Este ciclo é caracterizado por:
-meiose pré-espórica;
-fecundação depende da água;
-alternância de fases nucleares;
-organismo haplodiplonte.

Ciclo de vida da espirogira

Este ciclo tem as seguintes características:

-gâmetas morfologicamente indiferentes;

-o conteúdo de um filamento move-se em direcção ao conteúdo celular de outro filamento;

-meiose pós-zigótica;

-alternância de fases nucleares;

-organismo haplonte;

-ciclo haplodiplonte;

-meiose pré-espórica.

Meiose


A meiose é o processo de divisão nuclear através do qual, a partir de uma célula com núcleo diplóide, se podem formar células com núcleo haplóide.
Na meiose ocorrem duas divisões sequenciais, a divisão I e a divisão II, dando origem a quatro núcleos haplóides.

Divisão I da meiose:
Interfase I- célula prepara-se metabolicamente para a duplicação de ADN; ocorre replicação de ADN; célula prepara-se para a divisão celular propriamente dita.

Profase I- fase mais longa da meiose; cromossomas condensam-se; dois cromossomas de cada par emparelham, justapondo gene a gene, formam bivalentes; ao dar-se o emparelhamento entre os cromatídeos ocorrem cruzamentos em vários pontos, pontos de quiasma; nos pontos de quiasma podem ocorrer trocas de informação genética, crossing-over (um dos responsáveis pela variabilidade genética).


Metafase I- ligação dos bivalentes aos microtúbulos do fuso acromático pelos centrómeros; os bivalentes dispõem-se no plano equatorial, originando a placa equatorial.


Anafase I- separação dos cromossomas homólogos de cada bivalente; migração aleatória de cada um dos cromossomas para os pólos opostos.


Telofase I- cromossomas atingem os pólos e o fuso acromático desorganiza-se; descendência dos cromossomas; reconstituição dos nucléolos e dos invólucros nucleares em cada pólo.


Divisão II da meiose:

Interfase II- pode existir ou não entre a divisão I e a divisão II; não se verifica replicação de ADN.


Profase II- condensção dos cromossomas; desaparecimento do invólucro nuclear e do nucléolo; afastamento dos centríolos e formação do fuso acromático.


Metafase II- os cromossomas dispõem-se com os centrómeros no plano equatorial do fuso acromático.


Anafase II- os dois cromatídeos de cada cromossoma separam-se pelo centrómero; migração dos cromossomas para pólos opostos da célula.


Telofase II- cromossomas atingem os pólos e o fuso acromáticodesorganiza-se; descondensação dos cromossomas; reorganização de cada núcleo-filho.



Citocinese- citocinese com formação de 4 células-filhas haplóides.

Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada constitui um processo biológico comum a quase todos os seres vivos. Neste tipo de reprodução, os indivíduos das sucessivas gerações, embora idênticos, não apresentam uma uniformidade de informação genética.
Neste tipo de reprodução ocorre a fecundação (fusão de dois gâmetas, um feminino e outro masculino).

Reprodução Assexuada

Neste tipo de reprodução, os novos indivíduos formam-se a partir de um só progenitor, sem ocorrer fusão de gâmetas, ou seja, sem fecundação.

Estratégias deste tipo de reprodução:
Bipartição - divisão de um ser em dois com idênticas dimensões.
Gemulação - formação de uma ou mais saliências, os gomos ou gemas, que se desenvolvem e separam, originando novos seres.
Esporulação - formação de células reprodutoras, os esporos, cada um dos quais pode originar um novo indivíduo.
Multiplicação vegetativa - formação de novos seres a partir do desenvolvimento de certas estruturas vegetativas, como raízes, caules, folhas.
Fragmentação - separação de fragmentos do corpo, originando cada fragmento um novo indivíduo por regeneração.
Partenogénese - formação de novos indivíduos exclusivamente a partir do desenvolvimento de gâmetas femininos.

A clonagem (processo através do qual se obtém um clone), é um exemplo de reprodução assexuada. Através dela, surgem os clones (grupo de células geneticamente idênticas e descendentes de uma só célula inicial).

Ciclo celular

De acordo com a teoria celular, as células, para além de serem as unidades básicas da vida, asseguram a continuidade dessa mesma vida, na medida em que se dividem e originam novas células.
O ciclo de vida pode ser dividido em duas partes, a interfase e a fase mitótica.


A interfase corresponde ao período compreendido entre o fim de uma divisão celular e o início da seguinte. A fase mitótica diz respeito ao período durante o qual ocorre a divisão celular.

Interfase:
Fase G1 - crescimento celular e formação de organelos;
Fase S - replicação do DNA;
Fase G2 - crescimento celular.

Fase Mitótica:
Mitose - fase da divisao nuclear que se divide em: prófase (os cromossomas apresentam-se curtos e espessos), metáfase (os cromossomas atingem o máximo encurtamento e dispõem-se no plano equatorial das células), anáfase (dá-se a cisão dos centrómeros e cada cromatídeo de cada cromossoma, graças aos microtúbulos, migra para os pólos da célula) e telófase (os cromossomas estão nos pólos das células, reconstitui-se a membrana nuclear e o citoplasma da célula está a dividir-se).
Citocinese - divisão do citoplasma.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Cromossoma


Um cromossoma é uma longa sequência de DNA, que contém vários genes, e outras sequências de nucleotídeos com funções específicas nas células dos seres vivos.